Coletivo Ana Montenegro

sexta-feira, 26 de julho de 2013

! VIVA O EL 26

     

Há sessenta anos, em 26 de Julho de 1953, sob uma violenta ditadura militar, comandada por Fulgêncio Batista, revoltados contra o desemprego, a extrema pobreza, o analfebetismo e a situação precária da saúde em Cuba, um grupo de 131 pessoas, lideradas por Fidel Castro e Abel Santamaria, assaltam o quartel Moncada, em Santiago de Cuba, uma província do estado cubano. Nesse combate muitos foram feridos, mortos e, assim como Fidel, muitos foram presos. Fidel é julgado e faz sua própria defesa conhecida como “ A história me absolverá” .Anistiado em 1955 Fidel, seu irmão Raul e outros como Camilo Cienfuegos e Che Guevara,  Haideé Santamaria  e Vilma Spin, criaram o Movimento 26 de Julho, uma grande organização, com apoio popular que triunfou,com a tomada do poder pelo povo cubano,  seis anos depois, em 1º de Janeiro de 1959, acabando com a ditadura de Batista que entregara o país e suas riquezas aos norte-americanos.
A Revolução Cubana, com as organizações populares, com o governo, com o Partido Comunista Cubano, vem, desde então, construindo o caminho  socialista, que  inspira muitos povos do mundo,especialmente o latino-americano,pelos princípios e ideais revolucionários,na luta e na construção por um mundo justo, livre, igualitário e solidário.  
Na agenda, infelizmente, ainda tem o povo cubano, temas como o bloqueio imposto pelos Estados Unidos que lhe impede o pleno desenvolvimento social, a liberdade dos cinco antiterroristas cubanos e o apoio para o regresso de todos. Essa  política, ofensiva à dignidade do povo e do governo cubano, de todo modo, já não vem encontrando apoio da comunidade internacional.
Cuba, sempre sob uma constante agressão e desinformação midiática, atualiza seu modelo socioeconômico, com o apoio do povo cubano para as transformações em andamento no país, através de infinitas reuniões e discussões democráticas nas organizações populares, na busca pelo desenvolvimento social e pela construção de uma sociedade justa e fraterna, superando seus limites na medida em que resiste ao império estadunidense, ao imperialismo.
O nosso COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO, é um espaço de construção de iniciativas, propostas e intercâmbios de estratégias a favor da solidariedade incondicional com o povo cubano, particularmente as mulheres, de crítica ao governo brasileiro por suas medidas paliativas para a saúde, porém, defendendo a presença de médicos de Cuba no país, na medida em que tal pode desencadear uma mobilização para ampliar os recursos à saúde, com políticas para a formação de recursos humanos e de uma infra- estrutura que permita uma atenção integral e de alta qualidade,  somente possível com um sistema 100% público e estatal, como bem o merecem as mulheres ribeirinhas do nosso país que não tem médicos e nem políticas de saúde.
As mulheres do ANA MONTENEGRO, sabemos que o processo saúde/doença de uma sociedade é determinado pelas relações de classe existentes em um modo de produção e nesse sentido, não cremos em mudanças estruturais do sistema de saúde sem profundas transformações da estrutura econômica e social do nosso país.
A Revolução Cubana modificou profundamente o panorama de saúde no país, edificado sobre as bases de uma sociedade socialista, que tem, entre outras coisas,bem desenvolvida a saúde integral da mulher.  Hoje, Cuba é uma potência nas áreas da medicina e da biotecnologia, fato reconhecido até pela Organização Mundial da Saúde (OMS), porém  ,tem esse modelo de saúde porque tem um sistema voltado para uma estratégia anti-capitlista, o que, não ocorre com o Brasil.
Viva o 26 de Julho! Viva Cuba livre! Viva EL 26, como dizem os cubanos!

COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Hoje, em São Paulo


Vamos à luta: contra a aprovação do Estatuto do nascituro e o pacto da burguesia com o desmonte de direitos conquistados pelas mulheres


O QUE É A BOLSA ESTUPRO

O COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO, manifesta seu repúdio ao Projeto de Lei 4708/2007 que propõe lei no sentido de proteger o nascituro, entendendo-o como um ser humano concebido, embora ainda não nascido. Dá-lhe direito à vida, à saúde, ao desenvolvimento e à integridade física. O nascituro concebido em decorrência de estupro pode ser, a critério da mãe,  encaminhado à doação. Ganhará a mãe auxílio do Estado para educá-lo e mantê-lo, ou seja, receberá a mãe estuprada o que as feministas chamam de bolsa-estupro até que o genitor se responsabilize pela paternidade e pensão.

O CAPITALISMO E A POLÍTICA MERCANTILISTA : RETROCESSO NOS DIREITOS DAS MULHERES

Para o Estatuto o embrião tem o mesmo status jurídico que a mãe, o que, contraria frontalmente a nossa Constituição Federal. Representa um retrocesso na efetivação dos direitos humanos da mulher brasileira.  No campo jurídico, uma aberração já que temos para o mesmo embrião, duas situações: os que estão no útero da mulher são imexíveis  e os que estão fora são negociados como mercadorias ( os congelados, os realizados em clínicas ditas de reprodução assistida, embriões-mercadorias da engenharia genética aprovada pela Lei de Biossegurança).As mulheres somos vítimas da violência perpetrada pelo Estado brasileiro capitalista, que insiste em não permitir  o acesso das mulheres aos serviços de aborto previstos em lei, nos casos de risco de vida à gestante, estupro e gravidez de feto anencéfalo.O projeto vem contra essas conquistas, após décadas de lutas feministas, já que o aborto é legalizado no Brasil nesses casos ( estupro, de risco de vida para a mulher ou anencefalia do feto). Caso o projeto Bolsa Estupro seja aprovado ( defendido pelas bancadas evangélica e católica), um óvulo fecundado, torna-se sujeito de direitos em igualdade de condições com a vida de uma mulher adulta.Se a mulher optar por interromper a gravidez, poderá ser julgada e presa.Repudiamos o Projeto que não veio para conceder direitos a embriões e sim para limitar e retirar direitos já conquistados na luta pelas mulheres e apontamos com todas as organizações feministas os motivos de sua recusa. A única solução para as questões relativas à  saúde da mulher, é um  serviço 100% público não tratado como mercadoria, daí o nosso NÃO ao pacto governamental com as elites.  As mulheres queremos ter nossa autêntica representação numa Assembleia  Popular Constituinte na qual possamos expressar nossas reais demandas com propostas de soluções anticapitalistas, contra os monopólios burgueses que transformam nossos corpos em mercadorias.