Coletivo Ana Montenegro

segunda-feira, 19 de maio de 2014

17 de maio: Dia Internacional Contra a Homofobia!

17 DE MAIO: Dia Internacional contra a Homofobia

Por todas as formas de Amor”

É desde a década de 1990 que o “17 de Maio” é considerado o Dia Internacional de combate a Homofobia.
Essa data representa uma conquista histórica dos “movimentos gays” da época, que pautaram a retirada do termo homossexualismo dos catálogos de enfermidades da Organização Mundial da Saúde - OMS, pois concebia as relações homoafetivas como patológicas. Essa visão clínica, carregada de fundamentalismo religioso, reaparece no cenário brasileiro e vem ganhando adesão de boa parte da população através da mídia burguesa, cujas funções são a da propagação e manutenção do ordenamento do patriarcado e da heteronormatividade.
Aproximando para os nossos dias, o ano de 2013 foi de intenso ataque ao movimento feminista, isto porque, recentemente, o Estado vem pautando dois projetos de lei que significam um retrocesso às conquistas históricas do feminismo: o Estatuto do Nascituro e a “Cura Gay”.
O estatuto do Nascituro é o impedimento e a punição à prática do aborto mesmo nos casos espontâneo e de estupro, logo, é um exemplo de que o machismo também é institucionalizado.
Além do retrocesso da lei do nascituro, há também o retrocesso da compreensão da relação homoafetiva, onde esse projeto de lei, alicerçado pelo fundamentalismo religioso e as defesas reacionárias, concebe a homossexualidade como patológica e que necessita de cura. Em suma, estamos perdendo as conquistas materiais e políticas do movimento feminista.
É nesse sentido que o movimento feminista precisa, cada vez mais, se articular com o movimento LGBT e pautar, com unidade, o combate à opressão de gênero, raça e classe, assim como a rememorável “Revolta do Stonewall”, ocorrida em 1969, em Nova York, onde gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros foram às ruas dar visibilidade as suas demandas por direitos e, principalmente, suas liberdades!

O Coletivo feminista-classista Ana Montenegro entende que a identidade de gênero masculina ou feminina, e o espectro de possibilidades entre esse binarismo, não é de natureza imutável, sendo, sim, constantemente reconstruída socialmente! Lutemos contra a trans/lesbo/homofobias, articulando a luta revolucionária pela transformação da sociedade.